Biologia >> Solo
A SOJA
Além de servir como alimento natural, em grãos, a soja é industrializada para a produção de óleo de cozinha, ração, molhos, massas para tortas e pães, entre muitos outros produtos.
Você mesmo pode comprovar a variedade de produtos da soja nas prateleiras de supermercados e em outros postos de vendas de alimentos. Entrando num entreposto de comidas naturais, você encontrará uma grande variedade de alimentos feitos à base de soja, como leite, queijos e até "carne" de soja. Quem já experimentou essa "carne" sabe que ela é saborosa e nutritiva.
O MILHO
Atualmente é um dos cereais mais cultivados, e são produzidas numerosas variedades híbridas, que são utilizadas como alimento e para outros fins (só no México há mais de 2.000 variedades diferentes). O grão é destinado ao consumo humano e do gado, e a pasta e seus extratos são aproveitados na indústria para fabricação de fibras de náilon e goma sintética.
O milho é um dos alimentos mais utilizados pelos brasileiros, em forma de grãos e de farinha. Com o milho se fazem bolo, pão, cuscuz, canjica, curau, pamonha, mingau, etc.
O CACAU
Embora essa planta brasileira seja originária da Amazônia, há décadas seu principal desenvolvimento se dá no solo do sul do estado da Bahia, mais exatamente em Ilhéus e Itabuna. O cacaueiro é cultivado à sombra das árvores maiores e nativas, que ainda restam na Zona da Mata, na Bahia. A agricultura que se desenvolve à sombra de outras árvores chama-se cultivo sombreado.
Embora a exportação de cacau brasileiro aconteça em larga escala, ele também é aproveitado pela nossa indústria farmacêutica e de alimentos. Com o cacau se fazem polpa para suco, chocolate, manteiga de cacau (usada para não ressecar os lábios), etc.
O CAFÉ
O café se desenvolve muito bem na chamada terra roxa, arejada e úmida, oriunda da fragmentação de rochas basálticas.
Inicialmente cultivado apenas no Rio de Janeiro, o café se estendeu por São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Hoje está mais concentrado em Minas Gerais e São Paulo.
O café foi o principal produto exportado pelo Brasil até a década de 40 do século XX Depois sua participação no rol de produtos exportados pelo Brasil decaiu, mas ainda assim é significativa.
Arejamento ou lavragem
O solo precisa ter certa quantidade de ar para que as raízes possam absorver oxigênio e respirar. Para tratar de uma grande área de terra dura, o mais comum é usar o arado, puxado por animais ou por um trator. Arar ou lavrar é revolver a terra dura. Para tanto, primeiro usa-se arado com discos, depois com grade. A terra arada fica com grandes torrões, o que ainda é inadequado para plantações. Deve-se então, trocar os discos do arado por uma grade. Ao passar pela terra, a grade vai quebrando os torrões, deixando o solo bem solto e fofo.
Os arados rasgam a superfície do solo para possibilitar a circulação do ar e da umidade, preparando um leito adequado para as sementes e eliminando as ervas daninhas e o excesso de vegetação. A lavragem costuma seguir os contornos do terreno, de forma perpendicular à sua encosta. Visíveis até que o crescimento da colheita esteja muito avançado, esses traçados e linhas permitem minimizar os alagamentos. Quando é utilizado junto com a construção de diques e terraços, esse tipo de lavragem pode ser um método muito eficaz de conservação do solo e controle da erosão.
As minhocas prestam um importante serviço ecológico!
Esses animais contribuem para o arejamento do solo, pois estão sempre cavando túneis e revolvendo a terra à procura de restos orgânicos, dos quais se alimentam. Assim, deixam a terra fofa e arejada. Além disso, esses túneis facilitam a drenagem das águas das chuvas.
Em solo muito duro não há minhoca, principalmente porque ali elas não conseguem cavar as suas galerias. Não existindo esses bichinhos, a terra terá menos húmus e, portanto, oferecerá menos recursos para a vida vegetal.
Combate à acidez
Nas grandes áreas agrícolas, depois da aração deve-se fazer uma análise do solo. Se ele estiver ácido, coloca-se calcário para combater a acidez. Essa técnica de se colocar calcário no solo é chamada calagem.
A calagem propicia outros benefícios, tais como: melhora do arejamento e a permeabilidade do solo e aumento da atividade de microrganismos que fornecem às plantas sais de nitrogênio, fósforo e potássio.
Adubação
Através das raízes, as plantas retiram do solo os nutrientes minerais necessários ao seu desenvolvimento.
Para ser fértil em nutrientes, o solo deve conter:
• matéria orgânica: restos de animais e vegetais
• matéria inorgânica: sais minerais
Os sais minerais necessários ao desenvolvimento das plantas são, principalmente:
• sais de fósforo
• sais de nitrogênio
• sais de potássio
Quando um solo fértil fica pobre em nutrientes, deve ser adubado. Assim, a terra fica rica e produtiva, podendo-se nela cultivar plantas diversas, para, depois, colher alimentos e outros produtos.
Existem três tipos de adubação: orgânica, inorgânica, verde.
Irrigação
Irrigar a terra significa acrescentar água nela, molhá-la.
Sem água, os vegetais não se desenvolvem. Por isso, todo solo cultivado deve ser mantido adequadamente úmido.
Mesmo o solo que possui água suficiente para fornecer às plantas pode ficar seco em determinadas épocas, devido à grande evaporação de água e à ausência de chuvas. Quando isso ocorre, deve-se providenciar a irrigação do solo.
A irrigação pode ser feita de diversas maneiras:
• desviando a água de rios para os locais em que a terra está seca;
• abrindo poços para alcançar e então retirar a água que se encontra nas camadas inferiores do solo;
• construindo açudes (represas) para ter sempre água disponível;
• instalando um pivô de irrigação;
• abrindo sulcos na terra;
• usando aspersores.
A irrigação no Brasil tem crescido muito pelas vantagens que traz à agricultura:
• maior rendimento das culturas
• garantia de estabilidade da produção, que não fica dependente das chuvas
• diversificação de culturas
• oferta de emprego durante o ano inteiro na área rural
• aumento d a absorção e nutrientes pelas plantas, com maior produtividade e melhoria do valor comercial.
Confira no vídeo!
Drenagem
A drenagem é a extração da água superficial ou subterrânea de uma área determinada, por meios naturais ou artificiais. O termo drenagem aplica-se à eliminação do excesso de água com o uso de canais, escoadouros, valas, galerias e outros sistemas para recolher e transportar a água, com o auxílio de bombas ou por força da gravidade. Fazendeiros e agricultores costumam fazer pequenas valas de drenagem, para extrair a água da superfície de suas lavouras ou para aumentar a quantidade de água no solo. Um bom sistema de drenagem pode ser eficaz para prevenir a erosão e a ação dos rios nas encostas.
Rotação de cultura
É uma prática agrícola em que se intercalam plantas de espécies diferentes em plantios sucessivos num mesmo terreno (exemplo: milho, soja, milho, etc.). A rotação de cultura favorece o solo, principalmente quando se utilizam leguminosas. Como vimos, ao serem enterradas no solo essas plantas o enriquecem com sais de nitrogênio.
HORIZONTE O - Formado pelo acúmulo de detritos vegetais e animais, geralmente em áreas florestais, onde há muitas fontes desses elementos.
HORIZONTE A - Também chamado de solo agrícola, é um horizonte superficial, com profundidade de 30 a 40 cm. É mais escuro, fofo, úmido, rico em matéria orgânica e sais minerais diversos e com grande número de microrganismos.
HORIZONTE B - Formado principalmente por fragmentos de rocha, contém pouca ou nenhuma matéria orgânica e poucos microrganismos. Esse horizonte constitui basicamente o subsolo.
HORIZONTE C - Contém grandes pedaços e inúmeros fragmentos de rocha. Abaixo desse horizonte, encontra-se a rocha matriz ou rocha-mãe.
Adubação orgânica – Esse tipo de adubação é feito a partir de restos de vegetais e animais, como estrume, cascas de arroz, de café, amendoim, folhas, galhos, frutas ou de produtos industrializados, como a farinha de ossos, de sangue e de peixe e a torta de mamona, de cacau, de algodão, etc.
Esses materiais sofrem decomposição natural e podem ser produzidos pelo homem por meio da técnica de compostagem.
Confira no vídeo!
Ao serem decompostos, os adubos orgânicos fornecem vários tipos de sais minerais para o solo. Além disso, melhoram sua estrutura, tornando-o mais fofo, poroso, arejado e permeável.
O estrume usado como adubo orgânico pode ser de vários animais: bois, cavalos, carneiros ou porcos. Em 100 kg de estrume de vaca, existem, em média: cerca de 80 l de água, 350 g de sais de nitrogênio, 50 g de sais de fósforo, 250 g de sais de potássio, entre outros componentes.
Mas também há quem condene o uso de adubação orgânica, alegando que as fezes de animais podem contaminar o solo, se contiverem agentes infecciosos. A solução seria usar somente restos de vegetais para a produção de adubo orgânico.
Adubação inorgânica – Também chamada de adubação química, é feita com produtos gerados pela indústria química, chamados de adubos ou fertilizantes químicos, como os fosfatos, os carbonatos, o salitre. Eles são obtidos a partir da extração mineral ou do refino de petróleo.
Os adubos inorgânicos são muito utilizados porque seus nutrientes são absorvidos com maior facilidade pelas plantas e assim os resultados obtidos com maior rapidez.
Além disso, por apresentarem composição química predefinida, ao contrário dos orgânicos, fica mais fácil calcular a quantidade a ser usada para cada solo ou cultura.
Entretanto são muitos os que condenam a utilização de adubos orgânicos, pois seu uso excessivo pode causar desastres ambientais, como mudança na composição química do solo, tornando-o menos produtivo, além de sérios riscos à saúde dos agricultores que os manipularem e contaminação de alimentos. Por isso é importante que essa adubação seja feita com orientação prévia de especialistas (agrônomos).
Adubação verde - É a técnica de se enterrar plantas, ou partes delas, principalmente com a finalidade de enriquecer o solo com sais de nitrogênio. Na adubação verde, que pode ser considerada um tipo especial de adubação orgânica, as plantas mais usadas sãs as leguminosas, tais como: feijão, soja, ervilha, mucuna, crotalária, etc
Manejo de plantas na entrelinha da videira.
